Vinícius Schneider

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O que sobrou da noite. Cap IV

Cheiro estranho, que música é essa? Café? Tem algo queimando. Deus! Que lugar é esse? Helena soltou um grito mudo de pavor, enquanto tateava a cama procurando suas roupas e demais pertences.
Nem o café passado com torradas que molhavam a boca de quem quer que pudesse sentir seu aroma forma capazes de segurar Helena. Josiel teve só reação de tentar segura-la e gritar “O que houve?”. Não tinha certeza se ela ouvira ou não.
Havia algo diferente, Josiel lembrava detalhadamente de cada centímetro do corpo perfeitamente simétrico dela, de cada parte do sinuoso corpo de Helena. Tinha na boca o gosto de cada poro da menina, moça, mulher. Ele queria muito ir atrás dela. Josiel, ô Josiel calma lá!
Não conseguia tirar da cabeça a imagem dela, desconfortável, porém completamente entregue a situação. A forma meio que envergonhada com acariciava seu pênis, e por outro lado o contentamento por estar ali. Era como um animal preso a muito tempo que encontra a liberdade. Protegida pela ausência da luz Helena fez coisas que nem mesmo Josiel conhecia de suas farras nas “casas de massagem” nem das tantas mulheres que esteve.
E Josiel, rabisca em um papel, tendo lembrar de algo que o permitisse encontrar com Helena novamente, mas cada resquício de possibilidade de pista ele se perdia nas lembranças do sexo oral maravilhoso, dos seios fartos e firmes no qual ele repousara, na perfeição do seu corpo em cada posição que ela se pôs, digna de fotos para o “Kama sutra” e em cada movimento que não o permitia nem se quer cansar.
Ele queria muito, pela primeira vez, ele precisava. Ele se sentia no dever de tomar Helena pra ele.
Josiel, ô Josiel calma lá!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Helena Menezes, subindo as paredes. CAP III

Josiel sempre impaciente, ô Josiel calma lá!
O auge dos 25 anos, cheio de experiências sociais, alcoólicas e sexuais. Josiel, ô Josiel calma lá!
Como pode, todos os dias Josiel, mesma festa, mesmo estilo, mesmo corte e penteado no cabelo, o mesmo perfume, o mesmo papo furado. Só o que muda são as mulheres.
Josiel cansou de contar, havia se perdido a muito tempo na contagem. Quantas seduziu? Quantas beijou? Com quantas dormiu?
De repente, de vestido vermelho desviando o olhar de qualquer coisa que se movesse, dando a impressão de não querer ser vista e tão ver alguém, Helena entrou no bar.
Como se viesse expelindo no ar o cheiro da necessidade de ser tocada, acariciada. Josiel sabia desde o primeiro minuto que a viu que essa noite seria ela, seria dela, e ele faria com tanto gosto que não poderia acreditar em menos que marco divisor na vida da menina, mulher, talvez uma senhora. Era indecifrável. Jeito de menina corpo de mulher e um ar sério de quem têm idade o suficiente para ser sua mãe.
Josiel se aproximou, conversou pouco, ela não queria falar. Pagou uma bebida, quando ela aceitou a segunda, ele sabia que a próxima seria na cama dele. E até então, ocupou-se de ouvi-la, e ouvia com atenção enquanto arrumava disfarçadamente o volume crescente de suas calças.
Eles saíram, quando entraram no táxi eram ainda pouco mais de 1 hora da manhã. Ela a pressionou contra o banco, pegou forte entre suas coxas, subiu até a virilha contornando cada costura da calçinha dela. Josiel, ô Josiel calma lá!