Perdido entre vídeos no youtube, João ia decidindo seu futuro. Hora uma coisa,hora outra, hora coisa e tal, hora tal e coisa, e continuava no seu mundo, mas com vontade de mudar. Desligou o rádio, aquela música do Skank “simplesmente” era o fim da vida do João, que era visivelmente tomado de capacidade e talento, porém desprovido de vontade, ou força de vontade ao menos, preguiça!
Sem contato a mais de uma semana com sua namorada, que ele planejava conhecer em breve, passou a preocupar-se, ela teria excluído ele do MSN? Doente? Será que morreu? Talvez só não queira mais brincar. Perdeu-se o sinal da internet, e então João perdeu tudo. Resolveu sair pra beber com os amigos. João não tinha amigos então foi sozinho.
João não cansava de tentar entender por que era tão feliz e ainda assim sempre lhe faltava algo. Pensava ele, só pode ser essa babaquisse que toma conta do mundo, a triste moda do ser fútil, as crenças e filosofias que só servem de máscara. João sorriu, ele sabia que é igual a toda essa gente.
Quando deu por si, João já não estava só, havia uma mulher ao seu lado que lhe doou um fraternal e simpático sorriso que dividiu a atenção dele, o retilíneo sorriso e o decote protuberante. Ninguém poderá culpar o pobre João por não retribuir o “olá” da moça, ela realmente era linda, era exatamente o que ele esperava da sua namorada, ou ex, virtual.
Depois de alguns segundos sentindo seus dentes dançarem na boca ele soltou um oi desajeitado respirou fundo sentindo-se incólume, ao menos se ela não resolvesse prosseguir com o diálogo. E foi o que ela fez.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Será amor Josiel? quem diria. Cap VI
Josiel não saía à noite, não mais. Se sentia perturbado, vazio, perdido.
Quem era aquela mulher que destruiu seu jeito simples de viver? Era a mulher perfeita pra ele, uma boa noite de sexo, sem despedida, sem troca de telefone, sem cobranças. Era exatamente como ele gostaria que fosse, se sentia assim o melhor e maior predador, isso inundava o seu ego. Mas dessa vez era diferente.
Josiel resolveu escrever para Helena, mesmo saber quem é ela, mais que isso, por momentos ele chegava a duvidar que ela existe, que esteve com ele.
“Quando acordar e não precisar da companhia pra sentir meu cheiro, não precisar me ouvir pra sorrir com o quão lhe divirto, não precisar me sentir pra lembrar de como é bom quando lhe dou carinho, não precisar me ver pra perceber o quanto meu sorriso é contagiante. Quando não precisar pensar e nem pegar minha foto pra ver como e quem eu sou, quando tu pensar que teu maior contentamento é me ver feliz, que mudaria a rota do planeta pra estar ao meu lado, quando tu perceber que nada, em absoluto, te faria afastar-se de mim após nos encontrarmos.
Ai sim, tu vai entender exatamente o que se passa na minha cabeça agora. Eu poderia chamar de amor, sem medo de errar”.
Josiel, ô Josiel calma lá!
Josiel, sentiu um aperto e os olhos marejarem, enquanto assistia o ocaso pela janela do seu apartamento, pensava então se era aquele o pôr-do-sol mais lindo que já havia visto ou se ele é que via com outros olhos. E pra acabar o dia ainda mais estranho, Josiel, de uma forma que não lembrava antes, sentia falta de ter um Pai, precisava de um conselho, um abraço, um apoio.
Quem era aquela mulher que destruiu seu jeito simples de viver? Era a mulher perfeita pra ele, uma boa noite de sexo, sem despedida, sem troca de telefone, sem cobranças. Era exatamente como ele gostaria que fosse, se sentia assim o melhor e maior predador, isso inundava o seu ego. Mas dessa vez era diferente.
Josiel resolveu escrever para Helena, mesmo saber quem é ela, mais que isso, por momentos ele chegava a duvidar que ela existe, que esteve com ele.
“Quando acordar e não precisar da companhia pra sentir meu cheiro, não precisar me ouvir pra sorrir com o quão lhe divirto, não precisar me sentir pra lembrar de como é bom quando lhe dou carinho, não precisar me ver pra perceber o quanto meu sorriso é contagiante. Quando não precisar pensar e nem pegar minha foto pra ver como e quem eu sou, quando tu pensar que teu maior contentamento é me ver feliz, que mudaria a rota do planeta pra estar ao meu lado, quando tu perceber que nada, em absoluto, te faria afastar-se de mim após nos encontrarmos.
Ai sim, tu vai entender exatamente o que se passa na minha cabeça agora. Eu poderia chamar de amor, sem medo de errar”.
Josiel, ô Josiel calma lá!
Josiel, sentiu um aperto e os olhos marejarem, enquanto assistia o ocaso pela janela do seu apartamento, pensava então se era aquele o pôr-do-sol mais lindo que já havia visto ou se ele é que via com outros olhos. E pra acabar o dia ainda mais estranho, Josiel, de uma forma que não lembrava antes, sentia falta de ter um Pai, precisava de um conselho, um abraço, um apoio.
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